Paulo C
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Joined: Dec. 1999 |
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Posted: Dec. 16 1999, 19:14 |
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olá pemipa!
fiquei contente com a tua mensagem, porque embora perceba razoavelmente o inglês, não o sei escrever decentemente. folgo saber que existem «fans» portugueses (é claro que os há, mas conheço muito poucos) interessados em mais que fazer o elogio deste músico. eu não gosto da palavra «fan», porque vem de «fanático» e eu vejo em oldfield muitas coisas contraditórias para me poder apelidar de «fan». mas o que é certo é que desde que ouvi ommadawn aos 16, nunca mais deixei de acompanhar a sua carreira e procurar toda a sua discografia. e será por isso que hoje estou mais exigente do que antes: agora não quero simplesmente saber se há um novo disco dele: é que o conheço bem demais... o tempo e o espaço urge, mas diria o seguinte: há quatro oldfields -- o dos anos 60, o aprendiz, entre folk e o experimentalismo bizarro e bem-humorado de ayers; o dos anos 70, o mais genuíno, se bem que bebendo da e contribuindo música contemporânea (david bedford e minimalistas); o dos anos 80, músico pop, que não renega contudo a música instrumental; o dos anos 90, que exceptuando amarok (álbum síntese de toda a sua obra instrumental e talvez o canto do cisne dos grandes temas) e guitars é um oldfield tendencialmente new age. claro que há um oldfield que une isto tudo: o excelente melodista e guitarrista. mas quanto a criatividade, já esteve melhor... muito melhor. ou para dizer de outra forma: continua a ser versátil, mas cada vez menos atrevido. ganharia muito em estudar mais música, por exemplo; ou em abrir-se à participação de outros músicos, como os da musica erudita e jazz. mas ele não gosta de jazz, e o desenvolvimento das suas melodias, quase se cinge à repetição com outros instrumentos. ora isto cansa! mas este álbum prova que ele ainda pode surprender, como surprendeu com amarok...
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